
A partir de agora, caberá ao Executivo regulamentar a lei. Definições como quem será responsável pela fiscalização da concessão da meia-entrada e da expedição de carteirinhas, por exemplo, serão feitas nos próximos seis meses.
Até a semana passada, havia resistência dentro do Palácio do Planalto para a sanção integral desse trecho do projeto. Alas do movimento estudantil acreditavam que limitar a meia-entrada significaria redução de direitos. Na solenidade desta segunda, estudantes levaram uma faixa em que pediam o veto a esse trecho da lei.
O texto também deverá manter a expedição das carteirinhas que dão meia-entrada centralizadas na UNE (União Nacional dos Estudantes), feudo político do aliado PC do B. A reboque das manifestações dos últimos meses, assessores do Planalto definem como improvável mais um veto a algo de interesse do movimento estudantil.
MEIA-PASSAGEM
A Folha já havia mostrado que o outro ponto polêmico do estatuto, o direito à meia-passagem, não passaria pelo crivo presidencial. Dilma apenas sancionou trecho que concedia meia-passagem a jovens de baixa-renda --algo já na prática instituído nacionalmente.
O texto aprovado na Câmara trazia dois artigos que tratam do benefício. O ponto central, no entanto, era o que defendia que a meia-tarifa fosse bancada por "recursos orçamentários específicos extratarifários", isto é, que o governo ampliasse subsídios, sem que o aumento fosse repassado para o usuário dos transportes.
Isso esbarra em diretriz da própria presidente, que tem dito que não deve destinar mais subsídios ao setor do transporte para esse fim.
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