SÃO LUÍS- Depois de 16 dias de paralisação dos bancários, durante a tarde desta sexta-feira (4), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou uma proposta para a categoria, de acordo com as reivindicações que foram entregues pelos bancários. A reunião está acontecendo em São Paulo e teve início às 15h.
O movimento paredista deflagrou a greve no dia 19 de setembro, depois de várias negociações. Na única proposta apresentada, a Fenaban ofereceu apenas reajuste de 6,1%, índice muito abaixo do reivindicado pelos trabalhadores (22%).
Os bancos elevaram de 6,1% para 7,1% (aumento real de 0,97%) o índice de reajuste sobre os salários e para 7,5% sobre o piso salarial (ganho real de 1,34%), além de propor alta de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cuja fórmula de cálculo será mantida.
De acordo com a proposta, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará a R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas. Estão previstos ainda reajuste do auxílio-refeição, que sobe para R$ 22,98 por dia, na cesta alimentação, que vai para R$ 394,04 por mês, além da décima terceira cesta, com o mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95, por filho, até 6 anos.
Os bancários aguardam com expectativa que os bancos apresentem uma proposta decente, como o reajuste salarial, além das outras reivindicações referentes a referentes à contratação,, igualdade de oportunidades, segurança nas agências e melhores condições de trabalho e ainda fim do assédio moral e das metas. Caso contrário, a greve deverá continuar por tempo indeterminado. Até agora, 11.406 agências foram fechadas nos 26 estados e no Distrito Federal.
Durante a manhã desta sexta-feira (4), os bancários do Maranhão fizeram um novo protesto em frente ao banco do Bradesco, da Rua Grande. De acordo com Sindicato dos Bancários do Maranhão, uma nova assembleia vai acontecer ainda nesta sexta, após o término da reunião da Fenaban em São Paulo que irá apresentar a proposta aos trabalhadores. A assembleia terá como objetivo definir uma nova data na próxima semana para analisar a proposta e determinarem se a greve continua ou não.
Confira as principais reivindicações:
- Reajuste salarial de 22%;
- Reposição das perdas salariais acumuladas pelos bancos públicos;
- Piso salarial de R$ 2.860,21;
- PLR de 25% do lucro líquido distribuídos de forma linear;
- Mais contratações de bancários;
- Fim das metas e do assédio moral;
- Segurança nas agências;
- Redução das tarifas e das taxas de juros;
- Respeito à Lei das Filas.
(Do Imirante.com)

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