A economista Dilma Vana Rousseff acaba de se reeleger presidente do país. Com 99,72% da apuração de votos, a petista está reeleita.Com 51,62 dos Votos Validos.
Trajetória política
Natural de Belo Horizonte, Dilma Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947. A petista ingressou na política ainda no antigo colegial, fazendo oposição ao regime militar.
Em meio à efervescência política que tomou conta do país com o golpe de 1964, Dilma passou a integrar, na capital mineira, a Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), movimento que, na sua origem, era uma espécie de coalizão de dissidentes, com quadros dos antigos PCB e PSB, além de representantes do trabalhismo, trotskistas e outros marxistas. Na Polop, ela conheceu o primeiro marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. Ao lado dele, mais tarde, optou pela luta armada e se juntou ao Comando de Libertação Nacional (Colina).
Em 1970, quando já fazia parte da Vanguarda Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), Dilma foi presa pela Operação Bandeirante e detida no Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde foi torturada.
Condenada pela ditadura, foi levada ao Presídio Tiradentes, em São Paulo. Libertada no fim de 1972, após passar quase três anos na cadeia, ela se mudou para Porto Alegre, cidade de seu segundo marido, o advogado Carlos Franklin Paixão de Araújo, que também atuava contra o regime militar.
Os dois viveram juntos por cerca de 30 anos na capital gaúcha. Desse relacionamento, nasceu a advogada Paula Rousseff.
Em Porto Alegre, Dilma cursou Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entre 1974 e 1977. Com a volta de Leonel Brizola ao país após a Anistia, ela e Carlos Araújo participaram do grupo que ajudou o ex-governador a fundar o PDT. Até 1985, ela trabalhou como assessora de deputados do partido na Assembleia Legislativa gaúcha.
Em 1986, ela foi convidada pelo então prefeito de Porto Alegre, Alceu Collares, para chefiar a Secretaria da Fazenda do município. Quando Collares foi eleito na década de 1990 governador do Rio Grande do Sul, Dilma assumiu a presidência da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do estado, onde ficou de 1991 a 1993.
Collares, então, a transferiu para o comando da Secretaria de Energia, Minas e Comunicação. Ela voltaria a ocupar a pasta em 1998, desta vez, sob a administração do petista Olívio Dutra, que havia sido eleito com o apoio do PDT.
Em 2001, pouco mais de duas décadas após ingressar nas fileiras do partido fundado por Leonel Brizola, Dilma se desfiliou do PDT, ao lado de um grupo de colegas de partido, por discordar do fato de a direção de sua legenda ter rompido com o governo Olívio. No mesmo ano, ela se filiou ao PT.
A experiência que havia acumulado no setor energético fez com que Dilma fosse convidada, em 2002, para integrar a equipe de transição de Lula, que recém havia sido eleito presidente da República.
O perfil técnico e contundente chamou a atenção de Lula nos meses que antecederam a posse do petista no Palácio do Planalto. Ele, então, a convidou para comandar o Ministério de Minas e Energia com a missão de evitar um novo apagão no país.
Em 2005, com a demissão de José Dirceu da Casa Civil em razão do escândalo do mensalão, Dilma foi transferida por Lula para a pasta. À frente do ministério, passou a administrar as principais obras de infraestrutura do governo federal, sendo posteriormente batizada pelo próprio presidente como “mãe do PAC”.
Antes de estrear nas urnas como candidata a presidente, ela ainda viveria mais um drama pessoal. Em abril de 2009, Dilma anunciou que estava se submetendo a um tratamento contra um câncer em seu sistema linfático. Após sessões regulares de quimioterapia em São Paulo, que a obrigaram a usar uma peruca por alguns meses por conta da queda dos cabelos, a petista foi considerada curada em setembro do mesmo ano.

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